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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O fim da saga de Harry Potter

Ontem a noite, enquanto minha esposa assistia a novela das 8h (argh!), e minha filha curtia Jovens Titãs (a menininha tem muito bom gosto!), terminei as últimas 20 páginas de Harry Potter e as Relíquias da Morte. Dentre as várias sensações, uma me marcou mais: "Finalmente conheço toda a saga do bruxinho com cicatriz em forma de raio na testa. O que vou ler agora!?!?"

Lembro-me quando adquiri Harry Potter e a Pedra Filosofal, a cerca de 7 anos. Ouvi falar desse livro e das opiniões conflitantes sobre ele durante meses. Uns exaltando sua história cativante, personagens autênticos e leitura fácil. Outros lançando-lhe acusações de incentivo à bruxaria e coisas piores. Graças a essas opiniões contrárias, não quis comprar o livro. Tinha um saldo no programa Dotz e resolvi pedir o livro por ele. Péssima idéia! Apesar de não gastar nada, esperei nada menos do que 2 meses pela entrega! A ansiedade para ver com meus próprios olhos o que havia naquele livrinho apenas aguçou minha curiosidade.

Quando finalmente chegou, comecei a lê-lo imediatamente. E para minha surpresa não conseguia parar. Imergi no seu universo mágico quase fisicamente, e era com dificuldade que voltava ao mundo real, quando precisava descer do ônibus ou qualquer outra tarefa ingrata do tipo que me obrigava a interromper a leitura. Perdi a conta de quantas vezes sonhei com os personagens e situações apresentadas naquelas páginas.

Quando terminei o livro, o mais fino da série, concluí que não havia nada de errado com ele. Havia sim a bruxaria, mas não consegui ver nele nada que influenciasse crianças a rituais malignos. J. K. Rowling não tinha ultrapassado a linha já delimitada por C. S. Lewis com suas Crônicas de Nárnia. E como uma história infantil, obviamente não tinha os primores de literatura de um conto de Poe. Mas a história me prendeu de tal forma que não pude evitar o gostinho de quero mais.

Em pouco tempo comprei o segundo livro, Harry Potter e a Câmara Secreta, e a experiência foi igual. Talvez melhor, já que esse já tinha mais ação e algumas páginas a mais. Aí veio o terceiro, Harry Potter e o Prisioneiro de Askaban, mistério e reviravoltas dignas de um Sherlock Holmes. Em seguida, Harry Potter e o Cálice de Fogo, com o primeiro confronto direto com Voldemort e o dobro de páginas, o que significava horas a mais em Hogwarts com Harry e seus amigos.

Confesso que me decepcionei um pouco com Harry Potter e a Ordem da Fênix. Apesar de ser o maior em número de páginas, e portanto com mais horas de diversão, a irritação adolescente de Harry tirou parte da graça da história. Mas se encaixou no contexto, foi uma fase. E os mistérios foram se revelando.

Então finalmente chegou a vez de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, e me surpreendi. Nunca nada do que li ou assisti havia conseguido me deixar arrepiado como esse livro! A forma como a leitura se encaminhou para os acontecimentos finais, o modo corrido (no tempo da história) dos últimos acontecimentos se desenrolando, tudo estava perfeito. Mesmo sabendo de antemão o grande spoiler do livro, ainda assim fiquei boquiaberto. Que história!

Então no Natal passado ganhei o último, Harry Potter e as Relíquias da Morte. Para prolongar um pouco mais o vício (fazer o quê?), não comecei imediatamente a ler. Terminei o Sherlock Holmes que estava lendo o mais demoradamente que pude, e somente no início de janeiro abri o último HP. Lia no metrô, em casa, as vezes no horário de almoço do trabalho, sempre com calma, procurando absorver cada detalhe. E o fenômeno dos "arrepiamentos" se repetiu. É claro que eu já conhecia o final, não resisto a um bom spoiler.

Mas mesmo assim, não posso negar a opinião da própria autora, que já confessou que nunca conseguirá repetir o sucesso dessa série. Podemos tentar convencê-la a explorar os elementos apenas pincelados da saga, ou seja, os anos antes e depois dos sete cobertos pelos livros, principalmente o futuro dos personagens. Acredito que, após um tempo afastada (meses ou anos), ela mesma compartilhará desse desejo. Não seria a primeira vez que um autor seria obrigado a voltar ao seu principal personagem pela pressão dos leitores.

A coleção completa você encontra em qualquer livraria, como no Submarino.

Ah sim, já decidi o que vou ler agora. Vou fazer uma pausa, ler outras coisas, ficção científica, provavelmente. Então, quando não aguentar mais de saudade, vou reler toda série, do primeiro ao último volume. Como evitar? Eles estão lá, a disposição na minha estante! E você, o que vai ler depois de Harry Potter?

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