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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vem aí mais uma ressureição nos quadrinhos

*** Alerta de spoilers - leia por sua conta e risco!! ***

Depois de duas ressurreições recentes, de Jason Todd e do Flash Barry Allen, e de duas mortes polêmicas, de J'onn J'onzz e Batman (que, aliás, parece que não morreu mesmo), a DC parece não ter cansado de polemizar sobre o assunto e vai trazer de volta do mundo dos mortos mais um herói, e dos que morreram recentemente: Superboy.

Estamos falando aqui de Conner Kent, também conhecido como Kon-El, é claro. O clone mistureba do Superman com Lex Luthor, criado pelo Cadmus (e pelo roteirista Karl Kesel com o desenhista Tom Grummet), na época da ressurreição do Superman. É, precisamos reconhecer que o assunto é meio recorrente.

Ainda não sei os detalhes de como ele voltou, apenas de quando: na edição #4 de Legion of Three Worlds, parte da minissérie da Legião dos Super-Heróis que sai em agosto. Ele volta a vida graças a Brainiac e Astro, para ajudar a Legião a enfrentar o seu algoz, o Superman Primordial. Não sei exatamente o que eles fazem para ressuscitar o garoto de aço, mas, quer saber, se for clonagem tá valendo, o cara já é um clone mesmo!

Os fãs mais xiitas, que pedem por "realismo" nas histórias em quadrinhos, costumam chiar bastante sempre que ocorre um retorno do mundo dos mortos. E eles sempre entram em choque com os fãs mais moderados, que gostam dos personagens e comemoram suas voltas. Eu acho que na verdade tudo depende do modo como aconteceu a morte e o retorno. Se a história for boa, não vejo problema algum. Deixa eu analisar alguns exemplos:

Superman: os gibis andavam com as vendas lá embaixo. A Image ainda não tinha surgido, e os filmes do Batman do Michael Keaton não tinham feito ninguém correr às bancas e gibiterias. Então alguém na DC teve uma ideia brilhante: "vamos matar o Superman!" Por um momento, deu certo. As vendas foram às alturas, a imprensa não especializada divulgou a notícia a rodo, e a editora Abril até adiantou a cronologia para publicar a história logo e não perder o bonde. O problema foi a história: um monstrão aparece do nada, derrota todos os heróis que encontra pelo caminho, e só é detido pelo Superman, que morre no processo. Mas como a DC não poderia ficar sem o seu principal personagem, ele logo voltou, dizendo que na verdade não tinha morrido, só estava em um estranho estado de hibernação kriptoniano! Conclusão: inaceitável, melhor fingir que nunca aconteceu.

Homem-Aranha: é isso mesmo, ele também morreu e voltou. E apesar do Amigão da Vizinhança ser tão famoso quanto os figurões da DC, a história não foi tão divulgada. Fora dos quadrinhos, parece que ninguém percebeu. Na saga "O Outro", parte do evento de "Vingadores - A Queda", o Homem-Aranha é derrotado pelo vilão Morlun, e só consegue dar a volta por cima num último esforço para salvar a Mary-Jane, morrendo em seguida. Seu corpo é levado para a Torre Stark, mas uma coisa foge de dentro dele, deixando apenas uma casca vazia. Depois de passar um tempo num casulo, a coisa se revela o próprio Peter Parker, totalmente recuperado (conhece aquela, "morri mas sarei"? então...) e ainda por cima com novos poderes: teias orgânicas, estacas que saem dos antebraços e algumas coisinhas mais. Conclusão: inaceitável, foi apenas uma tentativa de deixar o Aranha dos quadrinhos mais parecido com o dos filmes. Aliás, a única coisa legal da horripilante "Um Dia a Mais" foi a volta dos lançadores de teia mecânicos.

Lanterna Verde Hal Jordan: na época do retorno do Superman, a cidade do Hal Jordan, Coast City, foi destruída pelo Mongul. O cara pirou e mudou de lado, virando vilão Paralax. Mas na saga "Noite Final", ele se sacrificou para salvar o sol, e se tornou o hospedeiro do Espectro. Depois, descobriu-se que Paralax era uma entidade, que havia sido aprisionada pelos Guardiões na bateria central de Oa, e se apassou do Jordan. Quando ele se separou do Espectro, também aproveitou para voltar ao mundo dos vivos, e até rejuvenesceu um pouco. Aceitável, mas só a ressureição, porque virar vilão foi intragável, e ele tinha que voltar pra não ficar só nisso. Durante sua fase Espectro, ele foi o responsável pelo retorno de outro herói:

Arqueiro Verde: morto durante um ataque terrorista à Metropolis, Oliver Queen preferiu morrer a ter o seu braço direto decepado pelo Superman, única chance de escapar à uma explosão. Quando ele estava tranquilo no Paraíso, praticando tiro ao alvo, o Espectro / Hal Jordan aparece e diz que um vilão havia ressuscitado seu corpo sem a alma. Então ele precisa voltar e ocupar seu corpo novamente, o que o próprio Espectro providencia. Conclusão: aceitável, tanto a morte quanto a volta foram boas histórias. Aliás, a volta rendeu uma das melhores histórias do personagem em sua história.

Jason Todd: a DC percebeu que o substituto do Dick Grayson não era popular entre os fãs, então abriu uma votação para decidir o destino dele. Resultado: morto pelo Coringa. Aí, muitos anos depois, resolvem trazê-lo de volta durante a Crise Infinita, como resultado dos socos dados na parede da realidade pelo então Superboy Primordial, quando ainda preso na dimensão paralela para onde o Lex Luthor da Terra-3 levou ele e Superman e Lois Lane da Terra-2. Dá pra engolir um troço desses? Resultado: completamente inaceitável. Se fosse só uma alteração na realidade até ainda valia, mas "socos na realidade"? Fala sério...

Elektra: morta pelo Mercenário usando sua própria adaga, a ninja foi em seguida ressuscitada pela Hidra, para trabalhar como assassina para eles. Conclusão: aceitável, já que foi usada magia, não foi por esforço próprio, e acabou virando o ponto central na história da personagem. Mas afinal, quantas vezes ela morreu e voltou?

Jean Grey: essa já morreu e ressuscitou várias vezes. E sempre em momentos dramáticos. Mas o nome dela é Fênix, aquela ave da mitologia grega que sempre ressuscitava. Conclusão: perfeitamente aceitável. Aliás, seria realmente muito estranho se ela não ressucitasse.

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