Ontem a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) reuniu-se com a FOTA (associação dos times da F1), com o intuito de fazer alterações no sistema de pontuação para aumentar a disputa no campeonato. A FIA (leia-se Bernie Ecclestone, o chefão) queria implantar o sistema de medalhas olímpicas: seriam distribuídas medalhas de ouro, prata e bronze, e o vencedor do campeonato seria o piloto com mais medalhas de ouro.
Já a FOTA queria alterar a pontuação: no lugar dos atuais 10-8-6-5-4-3-2-1 do primeiro ao 8º lugar, a proposta é que mudasse para 12-9-7-5-4-3-2-1, o que também valorizaria a vitória, mas sem prejudicar o piloto que pontuasse com regularidade.
No final das contas, não foi escolhida nem uma nem outra, mas simplesmente uma inversão no sistema que já era usado: agora, o campeão será o piloto com mais vitórias, e caso haja empate o vencedor será o que tiver mais pontos. Antes vencia quem tinha mais pontos e desempatava-se pelo número de vitórias. Não houve mudanças do 2º lugar ("o primeiro dos últimos", segundo Nelson Piquet) em diante, e o mundial de construtores também permanece igual.
A mudança com certeza ainda vai provocar muita polêmica, mas apesar da maioria dos pilotos não ter gostado ela veio para ficar, a FIA não vai voltar atrás. O novo sistema deve funcionar para aumentar a competitividade nas corridas, a disputa pela vitória com certeza será acirrada. Mas em contrapartida a competitividade do campeonato tende a cair: se um piloto vencer seis provas, como Massa no ano passado, terá praticamente garantido o campeonato. Se fizer isso nas primeiras corridas, o restante do campeonato vira um desfile de caríssimos carros coloridos.
Tomara que o conjunto das mudanças implantadas, que além do novo sistema para escolha do campeão incluem o KERS, a volta dos pneus slick e a reforma radical na aerodinâmica, possibilitem que mais equipes tenham condições de vencer. Já pensou se o Barrichello é campeão com a Brawn GP?
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